segunda-feira, 16 de abril de 2012

Uma opinião sobre aborto de anencéfalos...



Acho lindo e necessário defender a vida, mas as leis infelizmente não podem agradar a todos. Elas são elaboradas para abarcar casos concretos, independentemente de crenças. Até porque, num país tão diverso como o nosso, se o legislador desse espaço para intervenções religiosas, aí que não haveria acordo mesmo! Por isso acho que a decisão dos nossos ministros foi sábia. Antes, a mãe que abortava nesses casos precisava de autorização judicial, o que quase sempre era demorado e gerava um stress emocional ainda maior nas famílias. Agora, quem achar que não tem condições psicológicas ou financeiras de gerar uma criança anencéfala, tem a faculdade de interromper a gestação e não a obrigação de fazê-lo. Acho até que poucas mães optarão pelo aborto, porque como disse antes, nosso país tem uma diversidade religiosa muito grande e a maioria das religiões que conheço é contra esse tipo de prática. Mas só porque a maioria não faria, não quer dizer que ninguém queira! Isso é uma decisão difícil demais pra ser tomada com rapidez e o que o legislador quis foi facilitar as coisas pra quem passa por esse tipo de provação. Eu sou espírita e acredito que as debilidades físicas e emocionais com as quais chegamos ao mundo são reflexos de nossa conduta em vidas passadas. Toda consequência tem uma causa e vice-versa. Provavelmente as famílias que recebem essas crianças precisam acolhê-las como uma provação para elevação espiritual e, olhando por esse lado, elas deveriam ter aceitação frente a isso. Porém, é como disse, precisamos respeitar o poder de escolha! Até porque, ninguém além de nós poderá pagar por nossos erros. A lei deve ser coerente para respeitar as particularidades do indivíduo e foi isso que os ministros fizeram. Mas o que não tiver previsão legal, continua sendo CRIME e que isso fique bem claro. O aborto em todas as suas formas NÃO FOI LEGALIZADO e não vejo maneiras disso acontecer. E quanto às escolhas das gestantes nos três casos em que a lei faculta o aborto, deixemos isso para futuras resoluções entre elas e o Plano Superior...

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