terça-feira, 30 de dezembro de 2008

E se...


"Sempre precisei de um pouco de atenção... Acho que não sei quem sou, só sei do que não gosto".
(Renato Russo)

Quando era criança, pensava o tempo todo em como eu seria alguns anos mais velha. Teria mais amigos, mais dinheiro, mais amores, mais tudo... Imaginava que seria mais bonita, mais esperta, mais feliz. O tempo foi passando e eu acabei por perceber que gastei muita energia idealizando e quase não tinha feito nada por mim. Não que eu não me orgulhe do que eu sou... até que me dou bem comigo, quem me conhece sabe. O problema é quando bate aquela perguntinha: e se eu tivesse me esforçado mais? A verdade é que dói não saber. Sinto que dei muitas voltas, perdi tempo, me frustrei...mas também ganhei experiência...e mesmo se não tivesse ganho, ainda teria lucro. Me fiz forte quando não sabia como continuar. É claro que não consegui sozinha. Tive ao meu lado pessoas valiosas que me deram as melhores e as piores palavras. Sabe, acho que foi bom! Cresci como pessoa. Talvez eu seja uma eterna carente, dessas que se dissolvem quando ganham aquele colinho "básico". Bom, que seja! Carente ou não, sou feliz...e também sei levar felicidade...o que me torna uma pessoa ainda mais feliz! Nossa, ainda não tinha pensado por esse lado. Mas faz sentido. A felicidade se esconde nos pequenos atos. Se esconde inclusive num sorriso ou num beijo carregado de saudade. Acho que estou aprendendo a lidar com as coisas simples. Sinto inclusive que já dou mais valor a elas. Daqui a pouco, posso começar a lição mais complicada: Intensidade! Intensidade em tudo! Intensidade escorrendo pelos olhos! E dessa forma, sei que vou de fato aproveitar cada gota de cada momento, mesmo que essas gotas sejam lágrimas minhas. Fazer o que? Acontece...

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Perdida...




As vezes me sinto só, mas é uma solidão passageira. Como se eu tivesse a eternidade nas mãos, mas não fizesse questão dela. É ridículo! Essa sensação angustiante de quem viveu séculos de isolamento. Meus míseros 20 anos tem o peso da História. Uma longa caminhada que eu não conheço bem. Coisa esquisita é não conhecer as próprias trilhas, mas tudo bem, melhor assim. A dúvida deixa tudo mais interessante, enquanto a certeza  é um ponto final. Não gosto de pontos finais. Prefiro as reticências. Elas sempre abrem espaço para algo mais além. Algo que pode ou não ser dito, mas que tem toda liberdade de ser...