segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Estrelinha



Quando falo de você, costumo confundir os verbos. O presente vem à boca como aquelas nossas conversas. Sei que o tempo leva muitas coisas, mas algumas vão ficando...ficando... As vezes penso em como a gente se engana fácil...e em como é fácil fazer planos futuros. Lembro das vezes em que, por você, deixei de fazer planos. Imaturidade...besteiras infantis. Me feria, procurando te atingir e o pior é que eu sempre conseguia! Penso em dias perdidos num universo paralelo. É que minhas lembranças foram sugadas por um buraco negro. As vezes bate um vazio da cor do espaço. Anti-matéria e Antigamente são uma coisa só. Coisas etéreas, eternizadas em alguma estrela. O céu tem tantas estrelas... Só que nessa constelação, o brilho é salgado. E esse Sol, mais brilhante que os outros, insiste em quebrar o gelo que a saudade construíu. Sem perceber, acabo sorrindo. É a felicidade morna de quem ouve ao longe cantigas de ninar...ou seriam cantigas do U2? Ramones, talvez...ou uma mistura de ACDC e Roupa Nova! Coisas diversas como os ingredientes dessa alma multicolorida que você criou à sua imagem e semelhança. Um planetinha que mira seu Sol. Te amo com a força de minha saudade...e esperança. O céu não é o limite! É um brinquedo que você inventou para que eu pudesse te ver melhor. Pretensão? Não...é só a realidade de uma estrelinha que acredita em sonhos. E quem não acredita?

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Alguns esclarecimentos...



Não se preocupe com o que vou pensar. Não penso como a maioria. Não se importe com o óbvio... São coisas pequenas demais...tão pequenas quanto eu no seu vasto universo. Me acostumei a ser pequena, não no sentido doce...mas no próprio da palavra. Não que aceite, só não me importo. Se for me importar com as irrelevâncias de uma mente masculina, o que será de mim? De meu coração? Não...esse caminho é selado. Não se importe, não fuja...não te perseguirei com perguntas vazias de sentido e cheias de esperança. São coisas que não possuo...atitudes que não me pertencem. As palavras que deixo aqui, são para tirar de você o peso de uma suposta obrigação que não lhe cabe. Não corra! Não é minha intenção te alcançar... Eu só estou aqui...como qualquer outra pessoa comum. O que levo no peito, só eu sei. É imenso...ultrapassa as coisas desse mundo... Não se preocupe comigo... Você não me conhece. Nem eu me conheço... E nada disso importa... É assim que deve ser.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Sem palavras...



É difícil entender o que se passa na cabeça desses chamados líderes mundiais. Diante de algo tão urgente quanto o aquecimento global, como eles conseguem adiar suas decisões, mesmo contrariando os interesses de milhões de pessoas? Afinal, eles representam essas pessoas...ou deveriam representar. Bem, isso é uma questão de lógica, teoria. Na prática, há interesses diversos em jogo. Trocando em miúdos, é dinheiro a ser gasto e isso incomoda. Engraçado é perceber que são sempre os países mais ricos os primeiros a não aceitarem as metas de redução da poluição. Não é por falta de dinheiro para investir em energia limpa, com certeza! O homem já domina tantas fontes de energia renováveis! Em alguns países como a Finlândia, a base da matriz energética é limpa (nesse caso específico, a energia é geotérmica). O que aconteceu com as células de combustível, as usinas eólicas, baterias solares, entre outros? Tanta tecnologia por nada? O que falta ao mundo para produzir esses meios baratos e ecologicamente corretos em massa? Acredito que essa inércia seja por causa do jogo de poder entre as potências. Investir em outras fontes de energia em grande escala implicaria numa mudança da matriz energética mundial. Isso inverteria os papéis, dando um destaque maior para os países que já fazem uso dessa energia limpa. Talvez isso explique, ao menos em parte, a dificuldade que enfrentamos toda vez que os líderes mundiais se reúnem para um "acordo". Não sei em que tipo de benefício eles apóiam seus argumentos. Afinal, diante dos fatos, não há o que se questionar. Se bem que até isso eles tentaram! A imprensa divulgou nota sobre um suposto vazamento de informações que colocaria em descrédito tudo o que hoje se sabe sobre o aquecimento global. Obviamente, não surtiu efeito. Isso porque o mundo inteiro sabe bem em que pé as coisas estão. De que vale uma suspeita de erro para famílias que perderam tudo em Bangladesh ou para um pai que perdeu hoje os seus 4 filhos num desabamento aqui, no Brasil? Diga para os famintos da África que a fome por lá vai aumentar daqui a alguns anos e aproveite para dizer aos retirantes nordestinos que a seca habitual de 100 dias vai perdurar por mais 30. Em seguida, diga aos desabrigados do sudeste que as chuvas vão aumentar cada vez mais. Ah, não se esqueça de avisar também que, com as mudanças de salinidade dos mares, causada pelo degelo das calotas polares, as correntes marinhas vão mudar de sentido...e com elas, os ventos. Explique que isso vai gerar furacões e tornados em proporções nunca vistas...e pior, ainda não se sabe onde eles vão ocorrer! Diga, diga tudo o que você sabe e vê...e depois diga que é mentira! Diga que os dados estão incorretos e que o aquecimento global é invenção! Diga a todas as pessoas que isso é loucura de alguns "ecochatos" e que as imagens das tragédias do mundo são jogadas da imprensa. Reduza a decadência da Humanidade a um jogo imundo por poder, dinheiro e influência. Negue! Cale-se! Seja indiferente. Faça isso e começará a pensar como os líderes mundiais. Mate algumas pessoas de fome, deixe outras desabrigadas e cause a extinção de algumas espécies. De que valem algumas pessoas, bichos e plantas frente ao nosso progresso? E se os Maias estiverem certos? Nosso tempo está se esgotando... Quantas reuniões vão ser necessárias? Até quando vai ser possível fugir?

obs.: Os dados citados ao longo do texto foram retirados dos sites abaixo e da edição do Jornal Hoje do dia 09/12/2009

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Apenas rosas...



O que sei dessa vida é a forma como ela termina. Todos, ricos e pobres, famosos e anônimos, têm o mesmo destino traçado no berço. Esse fardo não pesa: se arrasta! Viver pode ser uma arte, um vício, um acidente... Depende dos olhos de quem vê. Venho de um mundo de loucos, que acreditaram em suas causas e abocanharam seus dias com a fome da eternidade. E de fato, tornaram-se eternos. Meus heróis são pura música, mística, morte plástica que de tão surreal, não aconteceu! A morte vem com o esquecimento e a eternidade está ao alcance de uma melodia. Então, me afogo em versos perdidos no tempo e esqueço de todas as pedras pelo caminho. Uma rosa, um abraço carinhoso no mestre Cartola...alguns boleros e pequenas doses de samba. De que valem palavras? Minhas palavras roubadas de poetas mortos... Mas a morte é só uma invenção dos vivos... Penso nisso e tudo fica bem... A noite chega e leva o cansaço. Tudo é nostalgia... Lá fora, os galhos brincam sob o vento e levam embora o medo, já remoído pela saudade. Pequenas gotas de sal se misturam ao orvalho. São apenas detalhes, cristais ínfimos entre as rosas do jardim...


"Queixo-me às rosas,
mas que bobagem

As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti

Devias vir
Para ver os meus olhos tristonhos
E, quem sabe, sonhavas meus sonhos
Por fim" (Cartola)

domingo, 6 de dezembro de 2009

Mengo!!!


Penso que os fatos comovem, modificam, alertam. Tenho fé na capacidade de indignar-se que as pessoas têm. Seja para o bem ou para o mal, somos capazes de coisas grandiosas. Coisas das quais temos orgulho ou que nos causam vergonha. Assisto jornais diariamente e me surpreendo... por incrível que pareça! É tanta bandalheira, tanta covardia, tantos absurdos que parecem banais... Esse é o problema: nossos absurdos são banais. Pouco me importa que uma criança seja atirada de um prédio se tantas outras estão sendo estupradas Brasil a fora. E de que vale mais um escândalo no senado se o destino desses canalhas, graças à nossa passividade, é o poder? Parece até um poder eterno. Aqueles que deveriam nos representar e servir são os que mais ferem nossa dignidade. Onde está a honra do brasileiro? Onde está nossa vergonha? Deve ter ido embora para algum paraíso fiscal, junto com uma infinidade de malas que levavam nosso dinheiro. Aliás, malas são coisas de antigamente. Hoje, por causa da "crescente violência", a moda é guardar dinheiro nas meias. Que coisa engraçada! Por que a verba para algo tão bonito quanto comprar panetones para famílias carentes precisa ser ocultada assim? Será que esse "nobre" deputado resolveu seguir o prinípio bíblico do "não saiba sua mão esquerda o que faz a direita"? Há, poupe-me! Nunca ouvi nada tão cínico em toda a minha vida! E pergunto: ele ao menos vacilou nas respostas dadas à imprensa? Não! Manteve a firmeza dos ímpios e a coragem dos nobres. Fantástico! Bem, esse é o meu país e esses senhores de terno que me chicoteiam a alma a cada novo pronunciamento são os meus deputados, ministros e senadores. Isso me incomoda? Certamente... mas incomoda a maioria? Hum, nunca vi ninguém que perdesse uma noite de sono discutindo o futuro da política nacional. Mas, se for para falar de futebol, a coisa muda...e as horas deslizam como suaves goles de cerveja. E por falar em futebol, não é que deu Flamengo no Brasileirão? Que coisa! "Uma vez Flamengo, sempre Flamengo..." A propósito, o que eu estava falando mesmo???




obs.: Que fique registrado, amigos leitores: Eu NÃO sou flamenguista... XD
Abraços em todos!!! =*

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Todas as Coisas...


Você tem o poder de uma chuva fria. Vai escorrendo pelo corpo, lavando o cansaço. Quase me esqueço da nuvem prateada que nos separa. Como anjos sem asas, seguimos um caminho longo, cheio de curvas sinuosas. São tantos perfumes e aromas... Em quais esquinas nossos olhares se cruzam? É o peso dos olhos...das mãos... Um calor insano que procura uma solução para essa urgência. É tanta coisa num instante só... É saudade de não sei o que! Como uma palavra que se perdeu em alguma boca... e não pode mais ser dita. Sentido... busco nexo para esse emaranhado de ideias como criança se lança ao colo da mãe. Não poderia suportar, não deveria poder...mas acho que posso. Essa inconstância me assusta! Incoerência de poderes e forças. Poderia deixar tudo se quisesse, mas será que quero? Só o tempo vai responder...