terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Apenas rosas...



O que sei dessa vida é a forma como ela termina. Todos, ricos e pobres, famosos e anônimos, têm o mesmo destino traçado no berço. Esse fardo não pesa: se arrasta! Viver pode ser uma arte, um vício, um acidente... Depende dos olhos de quem vê. Venho de um mundo de loucos, que acreditaram em suas causas e abocanharam seus dias com a fome da eternidade. E de fato, tornaram-se eternos. Meus heróis são pura música, mística, morte plástica que de tão surreal, não aconteceu! A morte vem com o esquecimento e a eternidade está ao alcance de uma melodia. Então, me afogo em versos perdidos no tempo e esqueço de todas as pedras pelo caminho. Uma rosa, um abraço carinhoso no mestre Cartola...alguns boleros e pequenas doses de samba. De que valem palavras? Minhas palavras roubadas de poetas mortos... Mas a morte é só uma invenção dos vivos... Penso nisso e tudo fica bem... A noite chega e leva o cansaço. Tudo é nostalgia... Lá fora, os galhos brincam sob o vento e levam embora o medo, já remoído pela saudade. Pequenas gotas de sal se misturam ao orvalho. São apenas detalhes, cristais ínfimos entre as rosas do jardim...


"Queixo-me às rosas,
mas que bobagem

As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti

Devias vir
Para ver os meus olhos tristonhos
E, quem sabe, sonhavas meus sonhos
Por fim" (Cartola)

2 comentários:

Anônimo disse...

Estranho, sentimento parecido com esse agora... de verdade!

Isa** disse...

Hum...ruim, né? Dá uma vontade de chorar... X] Aneim...rsrs

Bjinho!!! =*