sábado, 6 de julho de 2013

E o nióbio?!


Um mineral raro, muito utilizado na produção de tecnologia de ponta. No Canadá, a exploração das riquezas minerais, entre elas o nióbio, que representa cerca de 2% da reserva mundial, custeia a saúde, a educação e a infraestrutura do país. Além do Canadá a Austrália também explora esse minério, mas seu estoque é inferior a 1%. Nada que se compare ao Brasil, que tem em seu território 98% das reservas conhecidas de nióbio. Uma preciosidade, que gera a cobiça de muitos países e que não tem sequer um planejamento para a sua exploração. 

O nióbio brasileiro se concentra nos estados de Goiás, Amazonas e Minas Gerais, sendo que em Minas estão 75% do total deste minério. Em 2010, um documento secreto do Departamento de Estado Americano, vazado pelo site Wikileaks, incluiu as minas brasileiras de nióbio na lista de locais cujos recursos e infraestrutura são considerados estratégicos e imprescindíveis aos EUA. Em 2011, o nióbio voltou a ganhar espaço na mídia quando um grupo de empresas chinesas, japonesas e sul coreana fechou a compra de 30% do capital da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, com sede em Araxá. O valor atingiu a cifra de US$ 4 bilhões e a empresa mineira é atualmente a maior produtora mundial deste minério. 

Com tamanho interesse por parte de outras nações, o brasileiro se questiona sobre o destino do nosso nióbio e o assunto foi abordado inclusive nas recentes manifestações que acontecem pelo país. Fato é que se essa riqueza for explorada da maneira correta e se estes recursos forem revertidos em melhorias para a população, em pouco tempo o Brasil pode ser destaque entre as potências mundiais, não apenas no futebol, mas também em saúde e educação.



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