Um mineral raro, muito utilizado na produção de tecnologia
de ponta. No Canadá, a exploração das riquezas minerais, entre elas o nióbio,
que representa cerca de 2% da reserva mundial, custeia a saúde, a educação e a
infraestrutura do país. Além do Canadá a Austrália também explora esse minério,
mas seu estoque é inferior a 1%. Nada que se compare ao Brasil, que tem em seu
território 98% das reservas conhecidas de nióbio. Uma preciosidade, que gera a
cobiça de muitos países e que não tem sequer um planejamento para a sua
exploração.
O nióbio brasileiro se concentra nos
estados de Goiás, Amazonas e Minas Gerais, sendo que em Minas estão 75% do
total deste minério. Em 2010, um documento secreto do Departamento de Estado Americano, vazado pelo site Wikileaks, incluiu as minas brasileiras de nióbio
na lista de locais cujos recursos e infraestrutura são considerados estratégicos
e imprescindíveis aos EUA. Em 2011, o nióbio voltou a ganhar espaço na mídia
quando um grupo de empresas chinesas, japonesas e sul coreana fechou a compra
de 30% do capital da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, com sede
em Araxá. O valor atingiu a cifra de US$ 4 bilhões e a empresa mineira é
atualmente a maior produtora mundial deste minério.
Com tamanho interesse por
parte de outras nações, o brasileiro se questiona sobre o destino do nosso
nióbio e o assunto foi abordado inclusive nas recentes manifestações que
acontecem pelo país. Fato é que se essa riqueza for explorada da maneira
correta e se estes recursos forem revertidos em melhorias para a população, em
pouco tempo o Brasil pode ser destaque entre as potências mundiais, não apenas
no futebol, mas também em saúde e educação.
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