terça-feira, 11 de março de 2014

O Brasil de cada dia


A violência bate na porta, bate na cara, bate na gente. Ela chega num relance, tão rápido que a razão não pode nem mesmo acompanhar. Vem travestida de falhas que não cometemos, como se diante da omissão do Estado só nos restasse pagar a dívida que vem com a ameaça, o assalto, a perseguição, o assassinato. Vem com as drogas, entrando nos lares destruindo famílias. A violência se arma de vítimas que não tem algoz e usa seu poder de fogo contra quem trabalha. A violência combate o Brasil que produz como um veneno mata insetos numa lavoura, mas no fim, não sobram nem mesmo as plantas.

Nas ruas o povo luta para ter voz, mas o governo cada vez mais deixa claro que essa voz não será ouvida. Não interessam as queixas da massa, nem suas necessidades. Os donos da bola não vão passar a vez e o pior de tudo ainda está por vir. Essa gente suja precisa de votos e sabe que as urnas podem frustrar seus interesses. Assim, torna-se mais evidente que a farsa eleitoral vai ser maior do que nunca! Quando a mentira prevalecer, a população enraivecida pode derrubar essa corja como há tempos os franceses derrubaram a Bastilha. Ou então, como um rebanho indefeso, pode se curvar novamente ante ao novo (ou velho) opressor. O desfecho dessa história é claro e próximo, resta-nos saber apenas os detalhes.

Por todo lado vemos relatos de descaso do poder público. Nas cidades dos jogos as remoções varrem a pobreza para debaixo do tapete, ou melhor, dos estádios. A polícia não consegue levar segurança e os "justiceiros" ganham espaço em todo o território nacional. Nas lacunas da lei, as vítimas dão suas sentenças e o tribunal das ruas é a maior prova do caos que se instala.

A economia também não parece tão sólida e a dívida interna aperta no bolso. Os imóveis e automóveis alcançam preços estratosféricos e as vendas, cada vez menores, disparam um alerta para os economistas. No exterior, mais ações contraditórias. Se de um lado mandamos recursos a outros países e perdoamos dívidas, do outro pegamos empréstimos para bancar programas sociais. O desgoverno é evidente e o futuro dessa situação é cada vez mais sombrio.

Todas as atenções estão voltadas para a Copa, mas ninguém sabe o que virá depois dela. Cada investimento superfaturado foi realizado com recursos públicos, mesmo a iniciativa privada tendo plenas condições de garantir o evento. Por quê não seguir o exemplo da França ou da Alemanha, que não tiraram de seu povo para enriquecer empresas? Difícil dizer...

Ainda mais difícil é saber o que será do mundo agora que a tensão na Europa começa a lançar no vento rumores de guerra. O que fazer com aquele porto estrategicamente construído numa nação socialista com dinheiro brasileiro? O que dizer daqueles que lutam para censurar regular a internet nesse tempo de conflitos e incertezas? Não sei... E não saber é muito difícil.

O que esperar desse amanhã obscuro de menores assassinos, justiceiros errantes, urnas fraudáveis e governos corruptos com tendências fascistas? O amanhã é um mistério, mas uma coisa é fato: quem viver, verá!



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