sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Só saudade...


Acordei com gosto de saudade na garganta. Aquela que consome nas horas em que o Tempo se distrái. Fiquei assim, cheia de lembranças dos dias que não voltam, rodeada de sorrisos que já dei...e recebi. Tive medo daquele marasmo sufocante tomar conta de mim. Precisava respirar... Vejo quadros na parede. Olhos de papel impregnados de algo que não se apaga com os anos... Sempre os mesmos olhos, julgando e protegendo. Era tudo melancolia... Pequenas porções de vazio escorrem por entre os dedos. Pequenas porções de tristeza, salpicadas nos lençóis azuis. Seria o céu, não fossem as grades vermelhas. Liberdade falsa, felicidade ocre, sorriso amargo. Gosto de saudade... Sempre o mesmo gosto de saudade. Nunca tem fim.

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